Indicação para assistir no fim de semana! Idosos, cuidem-se!
#Repost @psicologiaeduardanaidel (@get_repost)
Uma corrupta curadora legal tenta dar um golpe na pessoa errada e acaba encontrando uma cliente à sua altura.
A divulgação do filme o trata como algo no estilo da comédia, mas eu achei assustador. Todo mundo sabe que meu público mais forte é o idoso e observar o que é feito com eles durante todo o filme é simplesmente doloroso demais. Um idoso pode ser dependente e portador de algum grau de dependência, mas ainda assim ser autônomo – e pior ainda é que nem todos eram dependentes ou doentes. O filme me trouxe uma reflexão sobre esse tipo de atuação de nós, profissionais que atuamos com a geriatria e gerontologia.
O laudo médico precisa deixar claro que existem situações em que o idoso não tem capacidade total, mas pode sim ser capaz de tomar decisões em certas circunstâncias. O que não acontecia no filme – muito mais por conta do esquema que envolvia diversas pontas.
É imprescindível que se faça uma avaliação ampla, clínica e neuropsicológica para situações de dúvidas, ajudando a compreender melhor quais as funções cognitivas estão prejudicadas e a gravidade das mesmas. O que ele pode ou não realizar – apesar de não podermos afirmar isso no laudo, mas sim indicar os perigos.
Existem diferentes níveis para se atuar, Procuração (ato em que o idoso nomeia alguém de sua confiança para praticar atos em seu nome), Tomada de decisão apoiada (o idoso nomeia a situação e a necessidade de ter um apoiador), Curatela (uma terceira pessoa é escolhida para ser responsável por adquirir direitos e assumir deveres nas relações jurídicas patrimoniais do idoso). O importante é observar qual, se houver, a limitação daquele idoso para que ele seja tratado com o respeito e cuidado que merece.